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domingo, 18 de abril de 2010

Reflexão: Música Secular .



Publicado pelo Boletim Informativo da Igreja Batista Israel Pentecostal, Edição 16 - dia 18 de Abril de 2010.


Música Secular

 "Podemos curtir música secular?” “Deus se importa com isso?” “É pecado curtir música secular?”
 
Só para responder essas três perguntas rapidamente:
1. Pode-se curtir música secular. Pode se jogar na frente de um caminhão. Pode até ir para o inferno se quiser também (existe vida além do “pode ou não pode”).
2. Claro que Deus se importa com isso.
3. Não, não é pecado curtir música secular. Mas, também, não é pecado atravessar a rua de olhos fechados. Só que isso não é muito esperteza.
Primeiramente, não gosto de dizer se pode ou não pode, criando uma aparência de regras e correndo o risco de virar religioso. Acho muito raso e imaturo a atitude de querer colocar regras, poder ou não poder, em tudo. Existem muitas coisas nesta vida cristã que podemos fazer as quais não são muito boas ou não fazem nada por sua vida espiritual, mas, ao mesmo tempo não podemos dizer enfaticamente que são pecados.
Para mim, a música é uma dessas coisas. Curtindo música secular, em si, não levará ninguém pro inferno. Entretanto, não levará ninguém a ser mais íntimo com o Senhor. Pelo contrário, pode até te fazer esfriar na sua vida espiritual. A pergunta que eu sempre tenho é, “Porque os filhos de Deus querem curtir um som que não edifica ou glorifica a Deus, enquanto que tem sons feitos por Deus que fazem isso?”
"E que comunhão tem a luz com as trevas?" (2 Coríntios 6:14)
Eu já li artigos pobres de pessoas que dizem que, pela razão de melhorar o seu talento dado por Deus, precisam curtir música secular. Tá legal. Deus te deu, mas o diabo vai te ajudar a aperfeiçoar. Faz muito sentido. Tanto quanto uma menina querendo assistir Carnaval na televisão para aprender novos passos pra usar na coreografia de sua igreja.
"E que comunhão tem a luz com as trevas?" (2 Coríntios 6:14)
Eu até já li um cara que falou que não conhece nenhum pastor que não curta música secular. Será????? Eu conheço pelo menos um.
Sei que a música foi criada por Deus e não pelo o diabo. Mas, isso não é uma boa desculpa para se curtir música secular. Meu amigo, sexo foi criado por Deus e não pelo o diabo. Porém, isso não vai me justificar de alugar um filme pornográfico. Tá entendendo? Claro que Deus criou a música e é óbvio que o diabo a perverteu. Por isso, vou procurar a coisa do jeito que foi criado por Deus e não a perversão. Há uma diferença muito grande.
Se você enche a sua cabeça com as letras de músicas seculares, me diga que não vai ter efeito na sua vida. Claro que vai. Se você enche um copo com suco de laranja, cheio de suco de laranja será. E se você encher a sua mente com a porcaria do mundo, cheia de porcaria será. E isso fará efeito no seu relacionamento com Jesus.
Existe uma história de um menino que ia para a casa do seu coleguinha todo dia para brincar. Depois de um mês, a sua mãe perguntou:
“Como está o seu amigo?”
“Qual amigo?”
“Aquele com quem você brinca todo dia”.
“Ah, ele. Ele não é o meu amigo”.
“Mas, você brinca com ele todo dia. Como vai me dizer que ele não é o seu amigo?”
“Ele não é meu amigo. Eu só gosto dos seus brinquedos.”
“Então, deixe me entender, você vai para a casa dele todo dia para brincar com ele e os seus brinquedos, mas não gosta dele?”
“É. Mas, sabe, por mais tempo que gasto com ele, mais posso me dar bem com ele.”
E esse daí é o risco de curtir tempo com o diabo. Muitos de nós passamos um bom tempo brincando com os brinquedos dele, mas não o consideramos nosso amigo. Será? Será que não estamos aprendendo a tolerá-lo porque gostamos dos seus brinquedos. Eu não sei, mas não curto tempo com os meus inimigos.
Para ver quais são as prioridades de um homem, só tem que prestar atenção aonde ele gasta o seu dinheiro. Para saber quais são os amigos daquele homem, é só prestar atenção com quem ele curte tempo.
"Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tiago 4:4)
A realidade é seguinte, Deus está levantando uma geração forte, ungida e separada. A força vem Dele. A unção vem Dele. Mas a decisão de se separar do mundo é sua. Você tem que decidir até que ponto quer ir com Ele. Não posso dizer que curtindo música secular vai destruir a sua vida espiritual, mas posso te garantir que não ajudará nem um pouco.
"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2)
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" (2 Coríntios 6:14)
Vamos curtir tempo com a pureza e perfeição e não com a perversão. Vamos ser um povo separado e santo. Vamos ser radicais para que possamos ver resultados radicais. Vamos curtir tempo com Deus e não o diabo.


2ª pag.

                            O custo do discipulado


Texto: Marcos 8.34

Você estaria disposto a estar sob a liderança de um pastor que era rejeitado e até menosprezado pela liderança da sua igreja. Você estaria disposto a seguir um pastor que não havia sido formado em nenhuma escola teológica, cujo ministério era itinerante, que nada oferecia àqueles que o seguisse a não ser renúncia e sofrimento por segui-lo? Esse era Jesus.

1. O discipulado requer vontade.

Verifique amados que há um chamado para o discipulado. Porém o Reino de Deus requer paixão, requer vontade. “O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo. “O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas”. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou. Mt. 13. 44-46. ”

Ser discípulo é compreender a preciosidade de Jesus e saber que nada neste mundo vale a disposição de segui-lo. É dizer como Pedro, depois que muitos o deixaram. Para quem iremos nós.

2. O discipulado requer renúncia.

Aqui Jesus pede que renunciemos à coisa mais difícil que existe, o próprio eu. Porque é sempre a última coisa que nos resta. Se perdermos os bens, se perdermos os amigos, se perdermos os familiares, se perdermos tudo ainda sobrará algo, o eu.

Também para quem seguia um rabino judeu era necessário submeter-se e dominar-se. Os anos de aprendizado nunca foram tempos de senhorio. Ao mesmo tempo, porém, o discípulo estava construindo sua carreira, até um dia ser promovido ele mesmo a rabino. É isto que Jesus não está prometendo. Com honestidade total ele diz aos seus discípulos que Deus não pode ser usado como desculpa para impor interesses próprios. Pelo contrário, Jesus reafirma o primeiro mandamento: nada de deuses paralelos, nada de intenções paralelas!

Triunfam as três primeiras petições do Pai Nosso: o nome, o reino e a vontade de Deus. De outra forma não se pode seguir a Jesus. Mais uma vez também fica claro que esta renúncia à supremacia pessoal não equivale a aniquilação pessoal, como a ascese pagã a tem em vista. O discípulo não se deve fazer desaparecer, mas servir. Deus, por meio de Jesus, o trouxe para tão perto, que ficou longe de si mesmo e pode perder-se de vista de modo muito surpreendente (Mt 6.3). (Marcos – Comentários Esperança).

3. O discipulado requer sacrifício.

A cruz aqui não significa uma enfermidade pessoal, alguém de temperamento difícil que temos de suportar. A cruz simboliza a nossa disposição para sofrer por causa do Evangelho. Seguir a Cristo significa carregar uma cruz. Para entendermos o significado das palavras de Cristo, precisamos lembrar o que representava a Cruz naquele tempo: Na época de Jesus esta expressão figurada era compreensível de imediato a qualquer pessoa, pois todos podiam contemplar livremente as peculiaridades da pena da crucificação. Diferente de outras formas de execução, a crucificação era aplicada quando se queria tirar de um criminoso não só a vida, mas também a sua honra, quando se queria expô-lo ao desprezo absoluto e à aniquilação moral. Esta era a intenção também com o próprio Jesus: "Era necessário que [...] sofresse muitas coisas e fosse rejeitado" (v 31). Tanto para os judeus como para os romanos a morte na cruz era uma morte vergonhosa, que equivalia à excomunhão. Deste modo, a carta aos Hebreus liga à crucificação de Jesus expressões como "expondo-o à ignomínia" (6.6), "o opróbrio de Cristo" (11.26), "não fazendo caso da ignomínia" (12.2), "sofreu fora da porta" (13.12) e "levando o seu vitupério' (13.13). O escárnio, porém, não principiava somente na cruz (15.29,31), mas já desabava sobre a cabeça do condenado assim que colocava o pé na rua, carregando a viga da cruz diante da população que uivava. Ele já podia ser considerado morto e, enquanto cambaleava sob o peso da viga da cruz pelo corredor polonês da multidão, qualquer pessoa podia castigá-lo com um golpe ou um pontapé, cuspir ou jogar sujeira nele ou amaldiçoá-lo (Joaquim Jeremias, Theologie, p 232).”

Veja o que a Bíblia nos diz acerca dessas coisas: Mateus 10:38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de si. Atos 14:22 fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.

1 Coríntios 4:9 Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.

1 Coríntios 4:10-13 Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis. Até a presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.

Seguir a Cristo significa estar disposto a ir às últimas conseqüências, se preciso for até morrer por Ele. Não se pode ter Jesus no coração sem carregar uma cruz nas costas.

Conclusão:

1. Jesus não colocou facilidades para segui-lo.

2. Jesus mesmo nos deu o exemplo. Ele não requer de nós nada que ele não estivesse disposto a enfrentar.

3. A nossa cruz é algo que devemos levar todos os dias. Lc. 9.23.

4. Trabalhar no Seu reino tem que ser prazeroso para nós, e com honra devemos realizar a Sua chamada. (Jo. 15:16).



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