"Minha saída do "Trazendo a Arca" junto com minha esposa Verônica foi debaixo de muita oração; eu sabia que isso ia acontecer e só não divulgava porque não queria criar uma expectativa ou um falatório antes do tempo", comenta.
O cantor revela que desde que começou o Ministério já sabia que em algum momento ia acontecer essa saída. "Eu entendia que era por um tempo, era importante que estivéssemos juntos, mas sabia que Deus tinha algo comigo separado."
Segundo Davi, ele ficou com o "Trazendo a Arca" quase quatro anos até entender que o Ministério já estava estabelecido e que já tinha passado o "vendaval" em torno da saída do "Toque no Altar" do Apascentar de Nova Iguaçu. De acordo com o cantor, em dezembro do ano passado o pastor Silas Malafaia entrou em contato com o ministério através do pastor Jabes de Alencar e falou que queria uma reunião com o grupo porque haviam conversado com o pastor Marcos Gregório e precisavam resolver pendências.
Davi conta que no final do ano passado se reuniram ele, o "Trazendo a Arca", pastor Silas, pastor Jabes, em duas ocasiões. Na segunda reunião, já com a presença do pastor Marcos Gregório, houve liberação de perdão de ambas as partes. "E acho que isso é o Reino de Deus. Acima das nossas convicções pessoais e das nossas ideologias, do nosso cristianismo pessoal, que cada um tenta viver, existe o cristianismo que Jesus ensinou, e esse compreende amai-vos uns aos outros, amai e orai por quem vos persegue. E como é que eu vou exercer o cristianismo se não for nesse momento? Como vou mostrar se sou servo se não nesses momentos que sou exigido?", questiona.
Segundo Davi, a liberação do perdão gerou cura, tanto em seu coração quanto no coração do pastor Marcos. "Eu sempre tive um amor e um carinho muito grande pela igreja. Acho que em todas as minhas entrevistas mesmo eu não estando lá eu sempre citei a igreja com carinho", comenta.
O cantor lembra que, no CD "Marca da Promessa", fez um agradecimento ao Ministério Apascentar. "No apascentar, Deus apertou o "play" na minha vida para que o meu ministério tivesse prosseguimento, ali meu casamento foi solidificado, criou bases; ali meu ministério avançou, cresceu, Deus me deu canções. Eu tinha uma relação de carinho e de gratidão com a igreja" recorda.
Davi relata que, após o pedido de perdão mútuo, foi a uma ceia na igreja Apascentar e se alegrou quando os membros da igreja vieram abraçá-lo. "Eu me senti em casa, como se nunca tivesse saído. Daí entendi que era o momento de sair do 'Trazendo a Arca'", comenta.
"Orei... Orei muito e pedi conselhos a muitos líderes, pastores e eles entenderam que esse também era um momento de Deus, um ciclo." O cantor frisa que é muito ligado às coisas espirituais e que, embora algumas pessoas achem que para certas decisões a oração seja dispensável, confessa que é um crente à moda antiga. "Eu acho que é debaixo de oração, porque o coração do homem é enganoso e está sujeito a se desviar, então eu não posso confiar nas minhas convicções. A Bíblia fala que na multidão de conselhos há sabedoria", diz
O cantor esclarece que voltou para a Igreja Apascentar e não para o "Toque no Altar". "Voltei para ser membro da Igreja, não para ser um cantor de um ministério. Hoje desenvolvo carreira solo. Vou voltar a ministrar na igreja, não com a frequência que eu fazia antigamente, quando ministrava toda terça, quinta e domingo, mas como membro.
O novo CD do Ministério Davi Sacer já está sendo gravado e possivelmente levará como título "Essência". O disco, que estará nas lojas no final de julho, será composto por 12 faixas inéditas e contém canções do próprio cantor e de outros autores.
O CD não foge à "raiz" de Davi: muita adoração. "Igreja não é o que eu fiz ou faço, mas o que eu sou", diz Davi, acrescentando: "O meu principal ministério é ser um ministro de louvor."
Davi comenta que quando está em um show ou em um evento de prefeitura, as pessoas estão sendo abençoadas, mas que, para ele, vale muito mais as músicas que canta na igreja. "No momento do culto, elas são mais impactadas com as canções, por essa razão, penso sempre em cantar músicas e gravar CDs com essa finalidade, essa é a visão do meu ministério", observa.
Projetos: Este ano, Davi ainda grava um DVD contando sua trajetória ministerial e fatos da sua caminhada.
O primeiro CD solo, "Deus não falhará", foi gravado pela Art Gospel, de Ronaldo Moreira. O cantor pensou em um projeto solo ainda no "Trazendo a Arca". Davi conta que foi sondado por quase todas as gravadoras evangélicas, mas receou fechar com alguma gravadora que já tivesse rádio ou televisão, pois poderia criar conflito com o "Trazendo a Arca". "Optei por fazer o CD em uma gravadora que não tivesse ainda essa força de mídia. Não tenho o que reclamar; pelo contrário, foi uma parceria muito boa entre mim e Ronaldo, então gravei o primeiro CD com ele", explica.
Além do CD, que já está no "forno", Davi ainda tem um outro trabalho para cumprir o ano de contrato com a Art gospel.
O cantor viaja ainda este mês para os Estados Unidos e fecha viagem para Europa e África. Davi viaja com uma banda de amigos de muito tempo de caminhada. Entre eles, Sidão Pires, que é baterista e pastor; Marcos Natto, contrabaixo e produtor musical; Gilmar Morais, nos teclados; Davidson Baketa, na guitarra; e Dennis Cabral no vocal junto com minha esposa, Veronica Sacer. Na técnica, Doca e Marquinhos, na parte administrativa Leandro Araujo (gerente) e a esposa Daniele Franco, que é secretária do ministério. Daniel cuida de mídia, Ronaldo Moreira de coisas pessoais.
Nilbe Shlishia
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