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terça-feira, 15 de junho de 2010

Desempregado, e agora?


Palavra do Pastor.

Em algumas situações, quando alguém perde o emprego, abre-se um espaço muito grande na vida para a depressão, a amargura, a ira e a raiva, e esse alguém sempre fica procurando um culpado para justificar a situação em que vive. A partir do momento em que se abre brechas, ele começa a ser invadido por questionamentos, como: “Por que ele continuou empregado e eu não, se a minha contribuição para a empresa era tão boa quanto a dele?”

Vivemos um período em que as pessoas estão usando a expressão “o fantasma do desemprego”. Não precisamos temer o desemprego e muito menos o “fantasma”. A nossa confiança deve estar no Senhor. Muitos vivem com medo e ressentidos. Tais sentimentos se manifestam por meio da indignação contra o ex-chefe, um colega de trabalho, ou até mesmo o governo. Não quero listar as razões para o desemprego, mas apenas comentar o fato em si, e orientá-lo a lidar com o ressentimento advindo dele. Esse sentimento é altamente maléfico, pois nos corrói por dentro, provocando amarguras, procurando destruir nossa alegria e a nossa fé.

É maravilhoso percebermos que aquele que descansa no Senhor, que se alegra nele, a despeito de todas as situações adversas, consegue sorrir e encontra forças para se manter feliz. A fé cristã é alegre. Jesus era capaz de transmitir alegria a todos. Mas isto só era possível porque Ele andava e vivia na força de Deus. Por outro lado, é interessante notarmos que uma pessoa marcada pela amargura e pelo ressentimento contagia as que estão ao seu redor. Só há um modo de lidar com a amargura: arrepender-se e perdoar.

A nossa escolha deve ser a de perdoar. Jesus disse: “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.” (Marcos 11.25). Todos temos pedidos e necessidades. Uma pessoa desempregada, muitas vezes, ora por uma nova oportunidade de emprego, e nem sempre a resposta chega de imediato. Esta “demora” pode gerar amargura. Por isso, a importância de ficarmos atentos.

Agora, pois, é hora de parar e refletir. Se você tem algo contra o patrão, o chefe, aquele colega que o enganou ou aquele que foi a causa da sua demissão, a Palavra nos ordena a perdoarmos. Perdão produz perdão. O perdão às ofensas dos outros nos possibilita o perdão de Deus às nossas próprias ofensas: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6.14-15). A falta de perdão e o trato com a amargura são apenas uns dos fatores, uma parte do problema gerado pelo desemprego. Outras batalhas devem ser ganhas e a primeira é esta: não permitirmos que amargura nos domine.

Que o Pai vivifique essa palavra no coração de cada leitor e que cada um aprenda a ser próspero na terra da aflição!

Deus abençoe!
 
Pr. Márcio Valadão.
 

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